Literalmente sem nada que fazer, tenho-me entretido com livros e filmes. Nos primeiros estou agora com A Queda, de Camus, e Húmus, de Raul Brandão. De cinema tenho visto uma fita por dia. E das boas. Diarios de Motocicleta, Nuovo Cinema Paradiso, Belle Époque e hoje espera-me La Stanza del Figlio, de Nani Moretti.
E pronto, não há tempo na rede para fazer mais que posts como este. Espero voltar mais ‘a sério’ em breve, que é como quem diz daqui a um longo e introspectivo mês.
Archive for Fevereiro, 2007
do tempo que corre devagar
Fevereiro 27, 2007a ver
Fevereiro 23, 2007
a rascunhar cinema outra vez
Fevereiro 23, 2007Isolado, quase sem net, em retiro. Aproveito para ver e escrever cinema.
Mais um rascunho, desta vez é Rocky Balboa, de Sylvester Stallone.
a rascunhar cinema
Fevereiro 22, 2007fim, princípio e coiso.
Fevereiro 18, 2007adeus braga. e vida de estudante.
até já ribatejo. e lisboa. e público. e estágio.
até sempre amigos. do coração. do sempre. do nunca vos deixarei. do carregar comigo. dos olhos. do amor.
transparente. muito transparente. quase invisível.
fui.
a rascunhar cinema
Fevereiro 18, 2007De volta ao trabalho no Rascunho. Desta vez com a crítica a Another Woman (1988), de Woody Allen. Deixo-vos as primeiras linhas.
«A vida é um candeeiro a petróleo. O amor também. Quando a combustão perece, porque fenece, há um choro crepuscular que cresce. E a luz desvanece. Apaga-se. Desaparece. Another Woman é isso, uma parábola existencialista a retratar a linha das mãos (será dos dedos?) que nos (en)sina o caminho, que nos diz o amanhã nem sempre azul e mavioso.» (continua aqui)
grandes momentos do cinema (IV)
Fevereiro 16, 2007Bang! Bang! É isso mesmo, ao quarto acto chega Quentin Tarantino e o indizível Pulp Fiction. Se o último dos ‘grandes momentos’ por mim escolhidos poderia (compreensivelmente) ser posto em causa, este – em que Samuel L. Jackson cita veementemente uma passagem da Sagrada Escritura enquanto se prepara para executar um puto – este parece-me, pois, inatacável. Consensual, portanto.
Cinema. E cinema do muito bom pelas mãos do menino de Reservoir Dogs e Kill Bill (I e II). Vejam. Ouçam.
feito
Fevereiro 16, 2007acabaram os exames. acabaram as pestanas queimadas por obediência. acabaram as matérias não elegíveis. acabaram.
finalmente.
a ouvir
Fevereiro 15, 2007faixa 4 e 6, as preferidas.
ou não se intitulassem the heart asks pleasure first e the promise.
terrorismo vai a tribunal
Fevereiro 15, 2007grandes momentos do cinema (III)
Fevereiro 14, 2007Vou arriscar. Sim, porque – depois de referir filmes como The Shining e Taxi Driver – viajar agora até à fortaleza voadora de Con Air, e encontrar ali um grande momento da cena cinematográfica, é arriscar. E muito.
Filme datado de 1997 e da autoria de Simon West, o emaranhado de presos Con Air mais não é que um thriller mediano que conta, ainda assim, com um elenco de qualidade assinalável (Nicolas Cage, soberbo em Adaptation; John Cusak, o jornalista de Midnight in the Garden of Good and Evil e John Malcovich, irrepreensível em Shadow of the Vampire). Onde pára então esse pedaço de sétima arte que vale a pena recordar?
Vejamos, o momento que abaixo se reproduz é o confronto entre o quase-homem-livre Poe (Cage) e o eterno presidiário Billy Bedlam (Nick Chinlund), cena que eu guardaria para sempre na memória por dois motivos: o olhar de cão abandonado mas feroz de Nicolas Cage e, motivo maior, a grande grande frase (e sua interpretação) «Put the bunny back in the box».
Intenso. Muito intenso.
bridar
Fevereiro 14, 2007vb. transitivo
prover de brida, pôr a brida em; enfrear;
fig.
refrear, pear, restringir a acção de;
empecer;
Açores,
ir a toda a brida.
a envelhecer
Fevereiro 14, 2007primeiras rugas. primeiros cabelos brancos. e só 22 anos.
grandes momentos do cinema (II)
Fevereiro 12, 2007Taxi Driver (1976) diz-vos alguma coisa? Óbvio que sim. Robert de Niro, um dos actores-fetiche de Martin Scorsese – veja-se o anterior Mean Streats (1973) e o posterior Raging Bull (1980), ambos brilhantes – é o taxista nova-iorquino que imortalizaria para sempre a expressão «Are you talking to me?».
Cena mais que batida por tudo quanto é programa humorístico, ouvida aqui e ali em conversas de café, mas que cuja verdadeira versão (haverá outra?) se afasta muitas vezes do conceito mental – talvez mais espampanante e menos visceral – que dela criámos. Fica então o pequeno fragmento, o retrato de um ‘veterano’ de guerra, avesso a injustiças sociais, e que carrega consigo o peso da alienação que pinta os céus das grandes metrópoles. Um dos vários filmes com que o (agora) velhinho Scorsese poderia (e deveria) ter ganho o Óscar.
nova homepage do público
Fevereiro 12, 2007grandes momentos do cinema (I)
Fevereiro 11, 2007Quem, dos que já tiveram o prazer de ver The Shining, não se lembra desta cena? «Here’s Johnny!», isso mesmo.
É o intratável Jack Nicholson na pele de um homem psicótico, isolado com a família num hotel rodeado de neve e montanha. E é também a mestria de Kubrick num dos melhores filmes da década de 80. Genial.
Fica ainda o link para outro dos momentos célebres do filme: «Give me the bat, Wendy!»
alice
Fevereiro 11, 2007alvíssaras
Fevereiro 11, 2007Para dar conta de três coisas:
– um novo Eclipse, pela mão do amigo Phillipe Vieira;
– uma mudança de casa decidi(r)damente para melhor;
– uma menina brasileira que escreve muito muito bem, aqui.
diáfano
Fevereiro 11, 2007do Grego diaphanés
adj.
que deixa parcialmente passar a luz;
transparente;
translúcido;
límpido;
fig.
magro, delgado.
cá está o ‘número zero’ do novo Público
Fevereiro 10, 2007
Acabo de ver o ‘número zero’ do novo Público, disponível em PDF. A primeira e mais fácil constatação: o Público que conhecemos acaba no dia 11; na manhã seguinte chega um novo jornal às bancas: o P(úblico).
Isto para dizer que, efectivamente, as mudanças operadas na publicação são mais que muitas. Apontando apenas algumas, diria que o grafismo é moderno e atractivo, as secções foram reorganizadas, nasce o P2 – que me parece um caderno interessante, arrojado e inovador porque diário – e a imagem (sempre ou quase sempre a cores) ganha substancial importância.
Ainda a quente, confesso que gostei do que vi. Vejam vocês também.
p.s. – Luís Santos (Atrium) tece aqui algumas considerações pertinentes acerca das questão.